economia externa
Balança Comercial e Déficits em Transações Correntes: de volta à vulnerabilidade externa?
Fernando J. Ribeiro e Ricardo Markwald *
Fórum Especial
Como Ser o Melhor dos BRICs
3, 4 e 5 de setembro de 2008
* Respectivamente técnico e diretor-geral da FUNCEX.
Versão Preliminar – Texto sujeito à revisões pelo(s) autor(es).
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BALANÇA COMERCIAL E DÉFICITS EM TRANSAÇÕES CORRENTES: DE VOLTA À VULNERABILIDADE EXTERNA?
Introdução
Há menos de um ano o país desfrutava de uma situação que era considerada extremamente confortável em suas contas externas. O saldo comercial foi superior a US$ 40 bilhões em 2007, mais do que compensando o resultado deficitário da conta de serviços, e o saldo na conta de capitais alcançou nada menos que US$ 89 bilhões − com forte entrada de investimentos diretos
(US$ 34,6 bilhões) e de investimentos em ativos financeiros (US$ 48 bilhões). Isso permitiu que o país acumulasse um volume de reservas internacionais inédito em sua história: US$ 180 bilhões, o equivalente a 13,7% do PIB.
Este quadro não parecia dar margem a qualquer preocupação quanto ao possível retorno da famosa
“vulnerabilidade externa”, situação que, em diversos momentos da história do país, havia conduzido a crises cambiais com graves conseqüências sobre a estabilidade macroeconômica e o crescimento do PIB. Na verdade, a polêmica maior naquela época girava em torno do excesso de oferta de moeda estrangeira e de seu efeito sobre a taxa de câmbio. Somente ao longo do ano de 2007, a cotação do dólar registrou queda de