Capítulo 5 – Financiamento e Vulnerabilidade Externa da Economia Brasileira
O capítulo trata da questão do financiamento e da vulnerabilidade externa da economia brasileira, no período de 1997-2007.
Da Financeirização à Globalização Produtiva
A financeirização das economias capitalistas extrapolou as fronteiras geográficas dos países, pela liberalização dos mercados cambiais e pela desregulamentação dos fluxos de capitais. - A corrente de comércio internacional cresceu em média 8% reais do período 1997-2007.
- Alteração na estrutura do comércio internacional, com a substituição exportações de produtos finalizados X transações de componentes.
- Estoque mundial de IED (investimento estrangeiro direto) atingiu US$ 15 trilhões, sendo que o faturamento de empresas transnacionais foi de US$ 31 trilhões.
- As empresas multinacionais concentraram totais estimados superiores a US$ 1 trilhão.
- A crise financeira global, originada nos mercados de crédito subprime (crédito de risco, concedido a um tomador que não oferece garantias) norte-americano e a desaceleração econômica mundial devem ter impacto nos fluxos de IED.
- A noção de competitividade internacional é redefinida com ênfase na capacidade de inovar e aperfeiçoar.
Brasil: a evolução do balanço de pagamentos no período 1997-2007
- No período 1997-2007, o balanço de pagamentos brasileiro apresentou um quadro de transformação.
- Ocorreu uma reversão substancial do desempenho do saldo da balança comercial. De um déficit de quase US$ 7 bilhões registrado nos anos de 1997 e 1998, o saldo evoluiu para um superávit de US$ 40 bilhões em 2007. A queda da participação do setor de serviços no fluxo total ingressante pode ser explicada pela diminuição do ritmo de operações de fusões e aquisições no mercado financeiro e bancário em 2007, em comparação com o período 1994-2002.
- É importante contrabalançar o ingresso de capitais com internacionalização das empresas locais. - A maior internacionalização