As influências externas na economia brasileira nos anos 90 e 2000
Nivaldo da Silva Carneiro Jr.1
RESUMO
Apresenta uma análise crítica da conjuntura econômica brasileira nos anos 90 e 2000, analisando-se individualmente os governos Collor de Melo, Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva, demonstrando a aplicação do modelo neoliberal de condução da economia inciado pelo Governo Collor, implementado plenamente pelo Governo FHC e continuado pelo Governo Lula. Toma como ponto de reflexão crítica as influências externas na economia destes três períodos com base na dependência de capitais externos que o modelo neoliberal criou e nas soluções apontadas por este modelo para redução desta, bem como os impactos provocados na economia brasileira durante estas duas décadas com reflexo na politica cambial.
Palavras-chaves: Conjuntura econômica, influência externa, economia brasileira.
Introdução
A história econômica recente demonstra as transformações no modo de condução da economia brasileira pautada no constante combate à inflação. Tido como uma herança maldita resultante do final da ditadura militar as altas taxas de inflação fizeram parte do dia a dia dos brasileiros durante a maior parte da década de 80 e início da de 90 de forma não mais preponderante do que as tentativas heterodoxas de seu controle adotadas pelos governos civis que alçaram ao poder após o governo militar.
O combate a inflação tornou-se muito mais do que uma obsessão perseguida pelas equipes econômicas dos governos, mas sim uma necessidade veemente que objetivava não só manter os níveis de preço em proporções aceitáveis mas também evitar o colapso geral da economia brasileira.
Este artigo se propõe a fazer uma análise crítica dos modelos de combate a inflação e políticas macroeconômicas adotados nas décadas de 90 e 2000, durante os três governos do período de retomada da democracia, com a volta das eleições diretas para presidente no Brasil: