Débito e crédito
Em todo evento economicamente relevante, o dinheiro não cai do céu - sempre há uma origem (crédito) bem definida, assim como há uma aplicação (débito), para onde o dinheiro foi. Todo evento contábil tem débito e crédito em igual montante.
Esse é o método das partidas dobradas. Seu grande mérito é permitir a demonstração cabal das origens e aplicações de recursos. Ele é auto-verificante, pois o total do débito sempre tem de ser igual ao total do crédito.
Pelo menos na minha cabeça, origem sempre vem antes de aplicação, e especificar débito e crédito nesta ordem soa "invertido". Provavelmente o Frei Luca Pacioli (o inventor das partidas dobradas) partiu da presunção que a maioria das pessoas primeiro pensa em que vai gastar, para depois procurar as origens de recursos.
Existem outros esquemas "pernetas", mais simples, de manter as contas em ordem. O mais usado é o livro-caixa. Todo lançamento envolve o livro-caixa, como débito ou crédito. Desta forma, tem-se ao menos um controle rigoroso do patrimônio contido no caixa. Devido à ausência de outras contas, o caixa contém de tudo: dinheiro, cheques pré-datados, vales, papeizinhos de todo tipo. Pode ser o o suficiente para um boteco ou lojinha.
Outro esquema é o controle total apenas das contas de patrimônio. Isso evita jogar tudo no caixa, permite controlar investimentos e dívidas em separado etc. Mas as contas de resultado, ou seja, receitas e despesas, continuam sem controle. Softwares como MS-Money e assemelhados adotam essa tática.
A propósito, patrimônio é tudo quanto a entidade possua, seja bens, direitos, ou dívidas. Já as contas de resultado controlam despesas e