Economia do Subdesenvolvimento
Em palestra apresentada por Carlos Bastos tratando do assunto já amplamente discutido, tratado como a Economia do Subdesenvolvimento é possível identificar a realidade industrial do Brasil e de outros países latino-americanos, onde a partir dos anos cinqüenta o investimento de empresas multinacionais nos países periféricos criou um novo modelo de desenvolvimento.
A dependência tecnológica e econômica que se cria com a instalação das empresas multinacionais ajuda na industrialização rápida, porém dificulta o desenvolvimento, uma vez que a concentração da renda se torna maior, bem como desenvolve a indústria de bens de consumo prioritariamente à de bens de capital.
Este novo modelo de “subdesenvolvimento” contribui ainda para a excessiva e marginalizada oferta de mão-de-obra, uma vez que a especialização para tal não se faz necessária, hoje também já se pode incluir como parte desta industrialização rápida e capitalista a própria indústria agrícola que passa a ter no método de produção atividades capitalistas demandantes de mão de obra pelas inúmeras multinacionais instaladas nestes países. No momento em que o país assume a responsabilidade pela modernização através do modelo apresentado, deixa de ser apenas regulador da economia e passa para o lado da produção, servindo como incremento para a própria economia. À medida que o país cria empresas públicas sob responsabilidade de produção de bens e serviços através de seu esforço para o desenvolvimento, identifica-se tal prática, prática esta que pode não ser tão evidente em setores mais concorrências, de economia aberta, porém que se analisados criteriosamente serão capazes de mostrar práticas estatais e controladoras através de tarifas públicas impostas, sendo estas absolutamente essenciais no processo de acumulação capitalista imposto pela economia do subdesenvolvimento.