Economia de transição para o trabalho assalariado
- O Maranhão e a falsa euforia do fim da época colonial
O ultimo quartel do século XVIII constitui uma nova etapa de dificuldades para a colônia. As exportações, que em torno de 1760 haviam aproximado de 5 milhoes de libras, pouco excedem em media, nos últimos 25 anos do século, os 3 milhoes. O açúcar novamente enfrenta dificuldades e o seu valor total fica tão abaixo do preço, como não se havia visto nos dois séculos anteriores. As exportações de ouro, durante esse período, renderam pouco mais de meio milhão de libras. Enquanto isso a população crescia consideravelmente, e a renda familiar não acompanhava esse crescimento, sendo que nesse período colonial se conheceu o nível de renda mais baixo que já se conheceu.
As articulações giravam em torno de dois principais pólos: o açúcar e o ouro; mas também de forma cada vez mais fraca, estava a pecuária nordestina. no norte estavam os dois centros autônomos do maranhão e do Pará. Este ultimo vivia exclusivamente da economia extrativa florestal organizada pelos jesuítas com base na exploração da mão-de-obra indígena. A ordem não pagava impostos nem revelava estatísticas, entrou em decadência com a perseguição que sofreu na época de pombal.
Dos três principais sistemas o único que realmente prosperou foi o maranhão. Os recursos foram concentrados no arroz e no algodão, pois esses produtos tropicais não sofriam restrição de nenhum pacto colonial. O Brasil enfrentou serias dificuldades, nos primeiros decênios de vida como nação politicamente independente, para defender sua posição nos mercados dos produtos que tradicionalmente exportava.
-Passivo colonial, crise financeira e instabilidade política
A repercussão no Brasil dos acontecimentos políticos da Europa de fins do século XVIII e começo do seguinte, se por um lado acelerou a evolução política do país, por outro contribuiu para prolongar a etapa de dificuldades econômicas que se iniciava com a decadência do