Durkheim e sua relação nas Corporações
Toda corporação funciona como uma microssociedade, geralmente com solidariedade orgânica. De forma análoga a sociedade na qual está inserida, a corporação possui regras, hierarquias (relações de poder) e seus componentes possuem direitos e regras. Durkheim disse que os fatos sociais seriam tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser sentir e nos comportar. Logo, numa corporação, como um componente e uma analogia da sociedade, os fatos sociais muitas vezes estão presentes nas relações horizontais de seus componentes, com as mesmas características: exterioridade, generalidade e coercitividade; sendo possível identificar essa situação mesmo nos dirigentes, devido ao fato de que a corporação existe por ter uma função em um conjunto superior.
Como previa em “De la division du travail social ” a medida que a sociedade se moderniza, os indivíduos passam a se diferenciar mais. Na área das corporações, essa diferenciação se dá pelo pelas especialidades que cada indivíduo passa a possuir, segundo ele, isso não seria maléfico, pois com as diferenciações das atividades exercidas por cada indivíduo, de forma semelhante a um complexo organismo, os indivíduos passariam a perceber o quanto dependem uns dos outros. Daí sua esperança de que um dia a sociedade de solidariedade orgânica fosse um dia harmônica. Entretanto, nas microssociedades que são as corporações, é possível encontrar exemplos que podem ser considerados organismos harmônicos, talvez pelo fato de que na área empresarial, independente de ser privada ou não, os resultados vêm praticamente em tempo real, e todos seus componentes devem exercer uma atividade que contribua nos processos