Weber e Durkheim

Atividade avaliativa

Como os conceitos weberianos de “relação comunitária” e “relação associativa” podem ajudar a explicar o papel atribuído por Durkheim às corporações na produção da solidariedade?

Émile Durkheim no seu livro “Da divisão do trabalho social” em seu prefácio à segunda edição, assim define o que são as corporações:
“A atividade de uma profissão só pode ser regulamentada eficazmente por um grupo próximo o bastante dessa mesma profissão para conhecer bem seu funcionamento, para sentir todas as suas necessidades e poder seguir todas as variações destas. O único grupo que corresponde a essas condições é o que seria formado por todos os agentes de uma mesma indústria reunidos e organizados num mesmo corpo. É o que se chama de corporação ou grupo profissional.”
É de suma importância esclarecer essa definição para a correta apreensão da relação existente entre os conceitos de Weber e os de Durkheim. Logo as corporações ou grupos profissionais seriam grupos de indivíduos com o mesmo interesse profissional, reunidos a fim de deliberar acerca de suas demandas. Porém Durkheim faz questão de distinguir dois grupos: um de caráter efêmero e que se extinguiria rapidamente que seriam os congressos; outro dotado de uma duração mais prolongada os quais satisfariam melhor as necessidades dos seus indivíduos, que seriam os sindicatos. Contudo Durkheim faz algumas ressalvas no que tange a eficácia desses sindicatos. Segundo ele, por ser uma associação privada não teriam autoridade legal nem qualquer poder regulamentador para a categoria de profissionais que representam; sua quantidade, teoricamente ilimitada, e a ausência de coesão entre si, observada na não constituição de uma federação, demostraria sua falta de unidade. Mesmo assim esses grupos profissionais seriam instituições necessárias, mesmo que sendo um esboço da organização profissional. Há então notável relevância da compreensão do conceito de corporações para o entendimento de um outro conceito, o de