resenha
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários a educação do futuro. São Paulo, Cortez, 2000. 177p.
Edgar Morin começa seu tratado a a respeito do que ele acreditar ser os elementos necessários a educação do futuro (que começa hoje) apontando as falhas da educação atual: o ensino fragmentado em disciplinas, a arrogância dos paradigmas racionalistas que não levam em conta a afetividade do ser humano. Ele descreve os erros e as ilusões do conhecimento, como os erros mentais, intelectuais, racionais e a cegueira dos paradigmas. Uma surpresa maravilhosa é o conceito de noologia e sua descrição. Sua explicação a respeito da incerteza do conhecimento é desafiante.
Após abrir os nossos olhos para a natureza do conhecimento, o autor fala a respeito da pertinência dele. Denuncia sua inadequação frente aos desafios do mundo.
“A esse problema universal confronta-se a educação do futuro, pois existe inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre, de um lado, os saberes desunidos, divididos, compartimentados e, de outro lado, as realidadees ou problemas cada vez mais multidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais e planetários.”
O autor enumera e descreve as noções de contexto, global (a relação entre o todo e as partes), o multidimensional e o complexo, enumera os problemas essenciais (disjunção e especialização fechada, redução (restrição do complexo ao simples) e a falsa racionalidade.
A seguir o autor fala da condição humana (simultaneamente dentro e fora da natureza), do duplo princípio biofísico e psico-sócio-cultural. Segundo ele:
“O homem é portanto, um ser plenamente biológico, mas se não dispusesse plenamente da cultura, seria um primata do mais baixo nível”.
O autor enumera a explica três circuitos da natureza humana:
1. Circuito cérebro-mente-cultura
2. Circuito razão-afeto-pulsão
3. Circuito indivíduo-sociedade-espécie
O autor também fala a respeito da unidade e