Resenha - A Moral Profissional de Emile Durkheim
DURKHEIM, E. Lições de Sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p 1-57.
Um dos primeiros fatos abordados é a questão do fato moral, que são regras de comportamento, e conforme o fenômeno pode acarretar sanções (punições como conseqüência da ação) penais, morais e civis. “Ela depende inteiramente da relação que este ato mantém com uma regra que o permite ou proíbe. E [...] por ela que se definem todas as regras do direito e da moral”. (DURKHEIM, 2002, p. 3).
As regras de moral universal estão em dois grupos. As que pertencem e constituem somente a um indivíduo, e as que contemplam as relações interpessoais, como as relações de trabalho, que são fundamentadas pela ética, e que formam a moral profissional
Os cidadãos nem sempre estão sujeitos as mesmas normas. Pois, cada profissão estabelece direitos e deveres próprios, e cada situação é julgada de maneira diferente, conforme a posição do indivíduo na sociedade, o que é chamado de “particularismo moral”. As falhas e equívocos podem acontecer, mas, só é mal repercutido no local de trabalho e reprimido com grave pena pelos superiores, se ferir a moral comum. É tida como desonra, não cumprir suas obrigações com a empresa.
A imposição de regras pela moral é um instrumento que contribui para manter a ordem no ambiente e um bom vínculo entre os empregados. Desta forma, o conjunto se torna mais forte, organizado e tem um rendimento elevado. As classes de profissionais se relacionam e se comunicam entre si, por desempenharem um mesmo papel, acaba havendo troca de informações e de conhecimento.
Há subordinação aos superiores, não só por uma questão de poder, mas também para evitar que a anarquia se instaure, pois não é possível atender os interesses de todos no meio de serviço. A disciplina e a tranquilidade não pode depender apenas de pretextos materiais, mas deve ser mantida por preceitos de moral. Os anseios devem ser primeiramente coletivos, com o sucesso da equipe, o indivíduo