Do Padrão do Gosto
Em relação a Hume (1711-1776) de salientar a sua obra ligada às questões filosóficas, onde se destacam o Tratado da Natureza Humana (1739), os Diálogos sobre a Religião Natural (1779, publicados três anos após a sua morte), ou as obras de maior maturidade em que apresenta uma reformulação das teorias do Tratado, onde estão presentes as Investigações, acerca do Entendimento Humano e acerca dos Princípios da Moral, entre outros, publicados entre 1748 e 1757. Foi também autor de uma variada História da Inglaterra, publicada em 6 volumes entre 1754 e 1762.
No ensaio “Do Padrão do Gosto’’, como refere João Paulo Monteiro na Introdução ao livro Ensaios Morais, Políticos e Religiosos é o que “hoje classificaríamos dentro da estética’’ (Hume, 2002: p.11).
Hume pretende demonstrar como o entendimento do ser humano funciona, e Brito refere isso mesmo referindo que a “sua filosofia consiste na observação e generalização, sob a forma de leis, das regularidades detectadas em padrões ordenados e estáveis do comportamento humano’’ mostrando “como funciona a mente humana’’ (Brito, 2001, p. 339).
Assim, podemos verificar que a estética pode ser uma questão de gosto. A mente do ser humano, por conter um variado leque de percepções, pode conseguir fazer uma distinção fácil de sentidos e percepções.
No início “Do Padrão do Gosto’’ Hume refere que “A extrema variedade de gostos e de opiniões que existe no mundo é demasiado evidente para deixar de ser notada pela observação de todos” (Hume, 2002, p.207). Esta afirmação parece ser algo de muito geral, porque todos os homens, dependendo do seu grau académico, são capazes de entender que nem todas as preferências de objectos ou acções podem ser as mesmas, porque quando estamos a observar um objecto, estamos no campo do juízo critico enquanto que se estivermos