Hume- Padrão do Gosto Resumo
Diversos filósofos já discutiram sobre o ideal de beleza e feiúra. David Hume foi um deles, e foi responsável pelo famoso ditado “gosto não se discute”, garantindo que a beleza não está no objeto e sim na percepção do observador.
No ensaio Do Padrão do Gosto, Hume afirma que a crítica de uma obra não pode ser feita racionalmente, e sim, com o uso dos sentimentos. Esses não mentem, nem enganam uma vez eu o observador experimenta certa sensação, ele sabe o que ela representa. Sendo assim, o juízo do gosto deve ser baseado na opinião do observador acerca da sua experiência durante a análise da obra.
Olhando por esse ângulo, a teoria parece fazer sentido, contudo, sobra uma pergunta: e se os críticos discordarem? Se o gosto não se discute, então não há como saber qual dele teria razão. Assim, Hume descreve seis qualidades ou pré-requisitos, que formariam os críticos de arte ideais: delicadeza do gosto, prática da arte e do julgamento da mesma, uso de comparação entre obras similares para apurar a crítica, ausência de preconceitos, conhecimento dos objetivos da obra, e por fim, bom senso (ou bom gosto).
Segundo Hume, todos que quiserem, porventura, analisar qualquer obra de arte, terão que seguir tais regras para fazê-lo da melhor forma. E só assim, não haverá discordância entre os críticos, ou seja, a crítica passa a ser algo objetivo.
Se a teoria de Hume fosse praticável, seria certamente a de maior aceitação e menos passível de erros, pois é nula de preconceitos e julgamentos externos à obra. Infelizmente, é impossível encontrar alguém que possua tais características e seja capaz de analisar a obra sem a interferência da sua cultura, costumes e seus conhecimentos, por exemplo.