David hume
Vida e Obra
James Fieser*
“Hume é a nossa política, Hume é o nosso comércio, Hume é a nossa filosofia, Hume é a nossa religião”. Esta afirmação, feita pelo filósofo idealista britânico do século XIX James
Hutchison Stirling, reflete uma posição singular que David Hume ocupa no pensamento intelectual. Hume causou impacto profundo em todas as disciplinas mencionadas por
Stirling, não apenas durante a própria vida de Hume, mas no decorrer das gerações posteriores e em nossa própria época. Parte de sua fama e importância deve-se à sua abordagem evidentemente cética em relação a uma série de questões filosóficas. Ele questionou as noções comuns de identidade pessoal, e argumentou que não existe um “eu” permanente que continua através tempo. Ele rejeitou as explicações clássicas da causalidade e argumentou que nossas concepções das relações de causa/efeito são baseadas em hábitos do pensamento antes que na percepção de forças causais no próprio mundo externo. Argumentou que é irracional acreditar nos testemunhos de supostos acontecimentos milagrosos, e, conseqüentemente, sugeriu que deveríamos rejeitar as religiões que são fundadas sobre os testemunhos de milagres. Contra a crença comum da época de que a existência de Deus poderia ser provada através de um argumento causal ou do desígnio, Hume ofereceu duras críticas às provas teístas clássicas. Além disso, contra a visão comum de que Deus desempenha um importante papel na criação e reforço dos valores morais, Hume ofereceu uma das primeiras teorias morais puramente seculares, fundamentando a moralidade nas conseqüências agradáveis e úteis que resultam de nossas ações. 1. Vida
2. Principais controvérsias
3. Controvérsias póstumas
4. Obras publicadas de Hume
5. Coletâneas de Cartas de Hume
1. Vida
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© 2001 James Fieser. The Internet Encyclopedia of Philosophy (http://www.iep.utm.edu ).
Tradução: Jaimir Conte
David Hume nasceu em 1711 em uma família