Do Padrão do Gosto - David Hume
Existe uma diversidade de gosto e opinião, uma singularidade do modo de pensar em cada indivíduo. Tudo aquilo que se opõem ao nosso gosto e opinião é repelido por nós. Essa diferença de opiniões e gostos é natural do homem. É natural que o homem tente achar um padrão de gosto, mas a filosofia mostra a impossibilidade de achar esse padrão, pois segundo Hume
“A diferença entre juízo e sentimento, afirma-se, muito grande. Todo sentimento é correto, porque não tem referência a nada além de si mesmo, e é sempre real onde um homem tenha consciência dele. Mas nem todas as determinações do entendimento são corretas, porque tem referência a algo além de si mesmas, a saber, dizem respeito a fatos reais e nem sempre são conformáveis aquele padrão.” (HUME, David. Do Padrão do Gosto. Pag. 175 p 4 e 176 p 1) Ele afirma que entre tantas opiniões que se possa ter sobre determinado assunto, somente uma opinião será verdadeira, diferentemente do sentimentos, onde todos serão verdadeiros, porque esse sentimento não representa o que o objeto é ou o que ele contém.
“[...] Todo sentimentos é correto, porque não tem referência a nada além de si mesmo, e é sempre real onde um homem tenha consciência dele.[...]” (HUME,David. Do Padrão do Gosto. Pag.175 p 4). O que é belo não é unanime pois a beleza vem da percepção da mente que a contempla e cada indivíduo vê o belo de um jeito. O que é não é belo para alguém, pode ser belo para outro indivíduo e esse sentimento deve ser respeitado e segundo Hume “[...] é infrutífero disputar sobre gosto. [...]” (HUME,David. Do Padrão do Gosto. Pag.176 p 1). O mesmo com o gosto mental e físico. É necessário que o indivíduo seja imparcial, que esteja completamente desligado de qualquer opinião sobre o autor, para que não se faça um juízo da obra e influencie no seu julgamento.
“[...] Há muito lugar para inveja e ciúme quando o círculo é estreito, e a própria familiaridade com a pessoa pode