Diversidade racial e identidade negra

Diversidade racial e identidade negra
Durante muitos anos tenho ouvido um dogma existente nas religiões de matizes africanas que, de forma quase fundamentalista, enfatiza que de metrizes africas são as conhecidas como candomblé, umbanda, quimbanda,etc. Mas, quando vejo a história de uma diáspora negra no mundo, percebo o erro que os pensadores envolvidos no Movimento Negro incorrem. Porque nesta “diáspora” podemos ver o que aconteceu em Los Angeles, em 1900 quando um jovem negro filho direto de escravos começou a pregar sobre o batismo do Espírito Santo. Com a criação da “MISSÃO APOSTÓLICA DA FÉ”, que se juntou a Igreja de Deus em Cristo e depois, por questões racistas, se dividiu entre a IGREJA DE DEUS EM CRISTO e “ASSEMBLÉIAS DE DEUS”. De acordo com o pensamento vigente, posso afirmar que os pentecostais também são de matriz africana. E deve ser por esta razão que vemos grande parte dos negros religiosos nas igrejas pentecostais clássicas. É obvio que a questão social influenciou essa escolha, mas notamos uma “africanidade” marcante na liturgia pentecostal.
Mas, em todas as religiões se faz necessário, revermos a questão básica para a igualdade racial no Brasil, porque quando os brasileiros entenderem o processo histórico do surgimento desta nação poderão reivindicar que haja igualdade de direitos neste caldeirão de diversidade racial brasileiro. Mas, para que isto ocorra é necessária a compreensão de quem fomos, somos e queremos ser, como etnia.

IDENTIDADE RACIAL NO BRASIL
Creio que a questão central para a análise da diversidade racial é a identidade. Não há como refletirmos sobre diversidade sem abordarmos essa questão tão séria e pertinente. O livro “Diáspora Africana” de Ney Costa define identidade como sendo “a consciência que um individuo tem de pertencer a um determinado grupo social ”. Se identidade é isto, podemos começar fazendo algumas perguntas que são essenciais para a discussão sobre igualdade racial, políticas de ações afirmativas e muito