Distúrbio de Aprendizagem
1. INTRODUÇÃO. Dislexia é um conceito antigo que descreve a ocorrência de dificuldades de leitura, escrita e como conseqüência dificuldades para a compreensão da leitura, entre outras relacionadas à adaptação social, acadêmica e laboral. Este fenômeno é bastante freqüente e, nas últimas décadas, várias hipóteses biológicas têm ganhado força, em especial aquelas que levantam a possibilidade de anormalidades nas vias de transmissão das informações visuais.
A Dislexia é definida como uma falha na aquisição de habilidade de leitura levando-se em conta as oportunidades de educação, inteligência média e ausência de anormalidades sensoriais, neurológicas ou psiquiátricas. As principais definições deste transtorno adotadas pela Associação Internacional de Dislexia (IDA), Associação Britânica de Dislexia (BDA), Associação Européia de Dislexia (EDA) e pela Associação Brasileira de Dislexia (ABD) consideram a dislexia como um distúrbio de aprendizagem de origem neurológica com importante carga genética, caracterizada por dificuldades na decodificação de processamento fonológico com prejuízo da leitura, escrita, nomeação rápida, memória de trabalho, processamento de informações (visuais e auditivas) e velocidade de trabalho.
Este distúrbio também é descrito no DSM IV como dislexia ou transtorno de leitura. A característica essencial deste distúrbio é uma velocidade ou compreensão de leitura, medidas por testes padronizados, administrados individualmente, substancialmente inferiores ao esperado para a idade cronológica, à inteligência medida e à escolaridade do indivíduo. A dificuldade na leitura interfere significativamente no rendimento escolar ou em atividades da vida cotidiana que exigem habilidades de leitura. A leitura destes indivíduos caracteriza-se por distorções, substituições ou omissões. Tanto a leitura em voz alta quanto a silenciosa caracterizam-se por lentidão e erros na compreensão.