Direito é ciência?

Direito é Ciência?
Introdução e Conclusão

Nos dias atuais, tem se discutido muito sobre a identidade do Direito. E uma iminente questão que com frequência vem gerando polêmica dentro deste tema é: “Direito é Ciência?”. As tantas teorias sobre o assunto se divergem, muitas vezes, dada a dificuldade em se determinar o real significado dos dois vocábulos e sua abrangência. No entanto, faz-se necessário que se adotem um e outra, já que é mister determinar, não exata nem precisamente, mas, no mínimo, aproximadamente, de quê se fala. Considerando-se, portanto, a concepção moderna de ciência – a qual se inspira no próprio objeto de sua investigação -, e o Direito como um processo que se dá desde a constituição das relações sociais até a existência de um meio social em equilíbrio - passando pelo estabelecimento de ideologias e instituições, pela observação científica da sociedade formada por seres humanos, e pelo pensamento filosófico que constrói a Lei – é possível concluir que o Direito se dá, também, por meio da ciência, quando da participação do estudo sociológico neste, tendo as relações inter-humanas de determinada sociedade como objeto de estudo. Contudo, possui outros aspectos, como o pensamento filosófico, as normas reguladoras, a coerção da Lei e a coação do órgão detentor do poder, as ideologias de cada grupo social, e ainda a arte de manipular a vida humana por meio de doutrinas, palavras, ideias e teorias, ou, ainda, a arte de ensinar, que é a que apresenta mais palpavelmente a ideia de Direito como um contrabalanço de liberdades individuais e globais. Todos estes aspectos estão, por natureza, inseridos no Direito, e este, portanto, não é somente norma, nem somente ideologia, nem somente ciência, mas um dever ser muito mais complexo, que se inicia em seu objeto principal, passa por construções científicas, filosóficas, morais, valorativas, educacionais, normativas, coercivas, coativas e