Direito e Sociedade
a) Políticos Profissionais
b) Domínio Carismático
c) Política como vocação
Em sua obra intitulada “Ciência e Política” o sociólogo alemão Max Weber traz dois ensaios, um tratando sobre a Ciência como vocação e outro sobre a Política como tal. É deste segundo ensaio que é possível extrair e compreender os conceitos de ética da responsabilidade e ética da convicção, bem como diferenciá-los. No ensaio sobre Política como vocação, o autor afirma que o Estado é a relação de homens dominando homens por meio de uma violência legítima, de forma que essa legitimação da dominação pode se dar por três formas: dominação tradicional, dominação carismática e dominação racional-legal. Neste ensaio, Weber se ocupa principalmente da dominação carismática, que é a autoridade do dom da graça (carisma) extraordinário e pessoal, do heroísmo ou outras qualidades da liderança individual. É a exercida no campo da política pelo senhor de guerra eleito, pelo governante plebiscitário, pelo grande demagogo ou pelo líder do partido político. Na dominação carismática, os homens obedecem ao líder porque acreditam nele, a orientação de seus discípulos é direcionada para a pessoa e suas qualidades. É no Ocidente que o sociólogo viu surgir a figura do politico profissional, pois com a evolução das funções do Estado, o príncipe (o líder) também precisava de um corpo de funcionários especializados em três domínios: finanças, guerra e direito; devendo ceder parte de seu poder para dois tipos de assessores: os funcionários especializados (burocracia) e os funcionários políticos. É este segundo tipo que é o político profissional moderno. Weber entende que existem dois modos de se exercer política como vocação: o primeiro seria viver da política e o outro seria viver para a política. Quem vive da política é quem luta para fazer dela uma fonte de renda permanente. Viver para a