Direito do trabalho
Uma das primeiras respostas para as perguntas anteriores é a de levar em conta a capacidade de atenção dos alunos na escuta ativa de uma aula universitária. Todo discurso que se realiza de maneira unidirecional tende a cansar o ouvinte. É verdade que dependerá da capacidade retórica, comunicativa e persuasiva do professor e da capacidade de atenção dos alunos; mas, na maioria dos casos, um discurso ininterrupto não chega a superar, quando muito, 15 ou 20 minutos antes de provocar cansaço e a diminuição da atenção. A partir desse tempo, a curva de rendimento chega a o seu auge, atinge o máximo de atenção, decrescendo paulatinamente com uma grande perda de concentração e uma sensação de fadiga e cansaço cada vez maior.
A aula expositiva terá de romper essa inércia com perguntas, atividades, participação, exemplos, audiovisuais, mudanças de assunto, recursos variados etc. Em outros termos, preparando uma aula diferente da aula expositiva tradicional (que se converte em aula transmissora) que durante muito tempo provoca um grande cansaço e uma queda da assimilação e, portanto, da aprendizagem. Isso não significa que os alunos deixem de tomar notas, já que o acúmulo de aulas transmissoras e a cultura acadêmica que gerou nas rotinas deles lhes permitem tomar notas sem prestar atenção explicitamente no conteúdo da mensagem. Eles ouvem o que o professor diz, mas não escutam. A partir desse momento, é fácil falar, mas é difícil fazer-se entender.
Para melhorar essa aula expositiva, vamos começar pela análise de sua estrutura.
Uma aula é como um romance ou, se se preferir, como uma narrativa curta ou um relato que fazemos constantemente: tem um início que leva o interlocutor a tomar conhecimento do assunto, que o situa no contexto e o motiva a continuar; um desenvolvimento que o introduz na trama importante do relato e um final ou desenlace, que o leva ao fim da leitura, a uma conclusão. É verdade que nem todos somos bons