Devemos fazer tábula rasa do passado?
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Capítulos: 1 – A história como relação ativa com o passado. 2 – História e prática social: no campo do poder. 1 – A história como relação ativa com o passado. Jean Chesneaux, neste capítulo, coloca em questão o seu papel de historiador diante de seus ideais marxistas. Qual é o verdadeiro uso que os historiadores fazem de seus conhecimentos? Acumulam datas e fatos históricos, produzem um conhecimento intelectual. Chesneaux diz que a história em si, os fatos, não mudam nada, quem muda isso são as pessoas. O passado precisa ser usado por nós para mudar o presente, ou seja, nossa relação com o passado precisar ser ativa e não passiva. O conhecimento que adquirimos precisa ter um objetivo maior do que estarmos, simplesmente, a par dos acontecimentos históricos, ele precisa deixar de ser subtilizado. Nossa relação com o passado precisa ser ativa ao invés de passiva, ou seja, o passado tem que ser usado para mudar o presente. Erros que cometemos, experiências bem sucedidas que tivemos devem servir com uma forma de evolução, atos, que através da observação de suas conseqüências, podem ser repetidos ou não. 2- História e prática social: no campo do poder. Em sociedades de classes a História é usada como forma de poder de uma classe dirigente, ou mesmo o Estado. Ela é moldada através dos interesses destes setores que buscam obter vantagens sobre o resto da população.
Feriados e comemorações, assim como ocultações, são maneiras do Estado impor o passado que deseja tornar popular. Desta forma buscam alienar a população sobre fatos que aconteceram, mas não são de interesse do poder divulgá-los, escolhendo e controlando o que deve ser lembrado por todos. Isto impede o real estudo dos historiadores e nos da apenas uma visão distorcida do acontecido. O presente está sendo usado como forma de esquecermos o passado, o que, por sua vez, nos impede de criticar o presente. O que aconteceu anteriormente na História é estudado por uma minoria que atende aos valores da classe