fichamento a história e os historiadores

Devemos fazer tábula rasa do passado?
Sobre a história e os historiadores
Que historiador está seguro de que será lido no futuro?

Entre “pessoas do ofício”, há coisas que parecem evidentes, essa doutrinação implícita, funciona de modo extremamente eficaz e contribui para soldar, para perpetuar a coesão da corporação dos historiadores. Muitas dessas falsas certezas podem ser colocadas em questão.
Fato histórico, objetividade absoluta, positivismo entre os historiadores. Não leva em conta nem os efeitos da observação humana sobre todo fenômeno real, nem as contradições inerentes a cada um deles. Uns existem por si mesmos, no absoluto, os outros são deixados para a liberdade subjetiva de cada um (porque se é liberal).
Relativismo cínico (“para cada um, sua verdade histórica!”), Por um lado, os fatos históricos são contraditórios, são percebidos diferentemente segundo o tempo, o lugar, a classe, a ideologia. Por outro lado, escapam à experimentação direta por sua natureza passada, são suscetíveis apenas de aproximações progressivas, sempre mais próximas do real, nunca acabadas nem completas. Rigor científico, tornam mais precisos o conhecimento.
Materiais primários (fontes) e os escritos de outros historiadores (estudos), todo historiador, particularmente quando se trata de “julgar” um iniciante ou avaliar o trabalho de um colega, examina a princípio a bibliografia, distinguindo estritamente as fontes e estudos.
Todo material, qualquer que sejam seu caráter e sua data, seja ele contemporâneo ou posterior aos fatos, só reflete incompletamente a realidade histórica. Ele mais a refrata, através das preocupações e dos interesses coletivos ou individuais daquele que o estabeleceu.
Diacronia-sincronia – Todo fenômeno histórico, como todo fato da língua, deveria ser analisado simultaneamente numa série vertical, a extensão da dimensão do tempo (diacronia), e numa série horizontal, em referência ao conjunto de que ele é contemporâneo (sincronia).
Periodização é uma