Desvarios
Nunca descansa, nunca cessa, mas dilacera, fere, queima.
Do mais profundo de seu hipocampo, dos desejos mais reprimidos e distantes, ressurgirá a gana do desalento, o disparate do infortúnio.
O que você faz quando ninguém te olha?
E de repente você quer sumir, quer esquecer, quer sentir, mas nunca falha, teus sentimentos nunca falham, contudo no mínimo, no pequenino, no distante, ressurge...
Aí é quando você se sente só.
O que você quer falar quando está pensando?
Do mais profundo de seu coração você teme, e no teu âmago quer.
Tua índole em um jugo sem fim.
Sinta o pejo de tua fraqueza!
O que você realmente quer fazer quando todos te olham?
Você se fecha para si, para o mundo, o que realmente quer nunca sabe, mas a certeza está na tua solidão. A incerteza está bem acompanhada.
O que te faz esquecer?
És escravo de um vício, és um ludâmbulo no desvario, és o bravio entre os débil.
Aí é quando você se sente só, teus desejos reprimidos e distantes ressurgem você tenta esquecer, teu feitio é submisso, você fecha para si. É escravo! E qual é teu vício?
O que você faz quando ninguém te olha?
O que você quer falar quando está pensando?
O que você realmente quer fazer quando todos te olham?
O que te faz esquecer?
O que te emudece?
A verdade estampada na sua cara e você finge que não vê?
Até quando se esconderá de si mesmo?
Valerá à pena? E se valerá? Valerá?
Tens as respostas claras, mas nunca rompe com as indagações.
Cubra-se com a lama que te aflige.
Medo de ser ou medo de você?
Sua farsa incumbida. Desnude-se!
Por vezes sonhar é melhor do que viver
Mas nem sempre a solidão contenta as virtudes
Nem sempre isolar-se é expressar seu íntimo
Conter-se, limitar-se, até quando?
Até quando valera à pena?
Esquizofrênico ser
Hoje nada mais importará.
As lamúrias que te dilacera por dentro
E o pífio