Desnaturação Enzimatica
A temperatura é um dos principais fatores que influenciam a ação enzimática, sendo que cada organismo apresenta uma temperatura ótima para a ação de suas enzimas. Até esse limite ótimo, a cada 10°C de elevação da temperatura, a velocidade de reação tende a duplicar ou triplicar. Porém, se a temperatura passar do limite ótimo, a velocidade da reação tende a diminuir e se chegar a valores muito elevados que variam para cada organismo, em média 45°C a 50°C, as enzimas sofrerão um desenrolamento de sua estrutura, perdendo suas propriedades biológicas. Esse processo é chamado de desnaturação enzimática.
Se as enzimas deixam de funcionar, as reações por elas catalisadas cessam completamente. O contrário também acontece: a cada 10°C que se abaixa a temperatura, a atividade enzimática se reduz à metade ou à terça parte, porém nessa situação as enzimas não são desnaturadas, podendo voltar a funcionar naturalmente caso retornem a sua temperatura ideal. Por isso que os médicos preocupam-se antes em baixar afebre do que descobrir a causa, pois a alta temperatura pode destruir enzimas de funções vitais, como as enzimas que auxiliam no processo respiratório (transporte de substância via hemoglobina).
Por exemplo, a temperatura ótima para o funcionamento da maioria das enzimas humanas está em torno de 37° C. Se em um laboratório você tivesse uma enzima humana em um tubo de ensaio a 17°C, agindo sobre os seus substratos, a uma velocidade X, e aumentasse a temperatura para 27° C, a velocidade da reação duplicaria e passaria então para 2 X. Se a temperatura fosse elevada para 37°C, teríamos um aumento ainda maior da velocidade atingindo 4 X. Porém, se continuássemos a aumentar a temperatura progressivamente além dos 37°C, a velocidade não mais aumentaria, pelo contrário, ocorreria a desnaturação da enzima levando a velocidade da reação a zero.
Veja o gráfico abaixo.
Gráfico demonstrando a ação da temperatura sobre uma enzima humana.
Exemplos Se