Desigualdade de genero em africa
Desde 1999, África tem registado um desempenho económico bastante impressionante, contudo, estas melhorias no desempenho económico não têm demonstrado ainda um impacto significativo na redução da pobreza e realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).
Dos oitos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, as Nações Unidas elegeram o 3º ODM, promover a igualdade de género e dar poder às mulheres, como vital para o cumprimento dos restantes sete objectivos, contudo esta depende também da concretização dos outros.
A discriminação do género rima com pobreza, desemprego, migrações, violência, aborto inseguro, inadequados cuidados de saúde, violação dos direitos humanos, e inexistência de paridade e participação política.
A realização plena desses objectivos terá consequências tão importantes como: melhorias na área da saúde, a expansão da educação, a redução da mortalidade infantil, a erradicação da pobreza extrema e da fome, o mais amplo acesso a água potável, o combate á doença, a criação de emprego, e a definição de medidas de política económica com sustentabilidade ambiental.
Embora tenham sido registados progressos notáveis no que concerne ao alcance dos ODM em matéria de educação e paridade do género a nível do ensino primário, o progresso no sector da saúde tem sido lento; as disparidades do género no ensino secundário e terciário, e em termos salariais no sector não-agrícola ainda não foram eliminadas; e o progresso com respeito à melhoria dos serviços de abastecimento de água e saneamento tem sido lento e caracterizado por uma grande dicotomia entre a zona rural e urbana. As persistentes desigualdades do género têm sido avançadas como uma das razões do lento progresso registado no alcance das metas dos ODM em África.
A sociedade, a cultura e os valores tradicionais que estruturam as desigualdades de género
A teoria de habitus de Pierre Bourdieu (1989).
Esta teoria sublinha que os indivíduos incorporam ou interiorizam um