estratificaxaooo

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INTRODUÇÃO
«Os sociólogos falam em estratificação social para descrever as desigualdades que existementre indivíduos e grupos nas sociedades humanas» (Giddens, 2001; 284). Em África esteconceito, poderá talvez afirmar-se, é elevado ao extremo, mercê da enorme variedade étnicaexistente, das condições políticas e das relações sociais que se desenrolam no seio de cada etnia, vulgo “tribo”, e entre cada etnia, num contexto mais abrangente, Moçambique não é excepçãodevido às etnias que coabitam dentro das suas fronteiras
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. No entanto a estratificação social quese pretende analisar no âmbito das desigualdades e das diferenças, não se prende só pelo factode existirem traços distintivos étnicos entre os vários povos moçambicanos, mas também poroutras razões como adivisão da sociedade em camadas ou estratos que, em análise, implicamfactores externos à sua convivência, em suma: os problemas sociais
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emÁfrica, maisconcretamente em Moçambique, tal como as desigualdades baseadas no género, na idade ou emtermos de riqueza, propriedade e acesso a bens materiais e a produtos culturais. Pretendem-seassim explorar os vários aspectos das relações sociais entre os vários povos de Moçambique, bem como o seu relacionamento intracomunitário. NORTE E SUL« A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza
»
Mia Couto
As assimetrias existentes entre as várias províncias de Moçambique, principalmente no que dizrespeito às assimetrias entre o Norte e o Sul, formam uma base de diferenciação social de ummesmo povo. Após 1992, Nampula,
[por exemplo] viu crescer entre um pequeno grupo de grandes produtores e a vasta maioria de agricultores de pequena escala (Tvedten, Paulo,Rosário, 2006; 20). Como mostra a Tabela 1 (Cunguara, 2010; 7), a última década mostrou-senegativamente irregular em relação aos níveis de pobreza. No entanto são-nos reveladas asdiferenças existentes entre os índices de incidência de pobreza nas províncias

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