DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DURANTE OS DOIS PRIMEIROS ANOS
O desenvolvimento da criança é algo extremamente complexo e abrangente podendo ser tomado em sua multiplicidade de fatores. Um dos teóricos que irá se preocupar com isso será J.Piaget que desdobrará em sua teoria elementos complexos para dar conta do desenvolvimento desde o nascimento até o fenômeno da adolescência. Para a criança de 0 a 2 anos, este autor abre um leque de variadas mudanças e relações, ou seja, através de muitos estudos, pesquisas e observações, Piaget alcançou resultados e respostas que inovam e enriquecem nosso conhecimento sobre a conduta e o desenvolvimento humano. Assim, podemos afirmar que devemos à Piaget a primeira descrição do desenvolvimento da inteligência que ele chamou de sensório-motora. O estágio sensório-motor se subdividiu, dando origem a seis subestágios.
Segundo Piaget, no subestágio 1 (0-1 mês), o bebê passa por um processo de adaptação, predominando os reflexos inatos que são sucção e preensão.
No subestágio 2 (1-4 meses), ocorre a repetição dos reflexos inatos, combinações e diversificações. O egocentrismo inicial leva o bebê a tomar o próprio corpo como objeto de exploração e experimentação, chamado de Reação Circular Primária (RCP).
No subestágio 3 (4-8 meses), ocorre o início da extroversão cognitiva do bebê e a superação do egocentrismo inicial. O bebê começa a perceber que suas ações provocam consequências interessantes e procura repetí-las, como por exemplo, se ela espernear, conseguirá balançar o móbile, se o adulto pisca ela também piscará, ocorre também a busca por objetos parcialmente desaparecidos e os barulhos já começam a chamar a sua atenção. O bebê pega o patinho e o aperta fazendo barulho e repetindo isso várias vezes. Percebe que o objeto está fora do seu corpo podendo ainda leva – lós à boca. Para Piaget essa conduta é semi – intencional, portanto são esquemas secundários (Relação Circular Secundária).
No subestágio 4 (8-12 meses), os