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A imigração espanhola no Brasil foi importante na formação da população brasileira, tornando-se o terceiro maior contingente de imigrantes vindos ao país.
A imigração espanhola para o Brasil ocorreu em distintos momentos da história nacional. Durante o período colonial, a inexistência ou constantes disputas de fronteiras claras entre as duas colônias fizeram com que pessoas de origem espanhola habitassem regiões que hoje fazem parte do território nacional.
Porém, a maior parte dos imigrantes espanhóis que fez parte da formação da população brasileira veio nas ondas migratórias do final do século XIX e início do século XX. Estima-se que cerca de 700 mil espanhóis tenham desembarcado no Brasil, saídos principalmente dos campos em Espanha, onde a situação de miséria os impelia a buscar novas possibilidades de vida.
Uma pequena parcela desses dirigiu-se ao sul do país, onde inclusive já existiam associações de emigrados espanhóis. Rio de Janeiro e Bahia também consistiram em locais de destino para os imigrantes dessa nacionalidade.
Contudo, a maior parcela de espanhóis fixou-se no estado de São Paulo. Eles deslocaram-se para trabalhar nas fazendas de café do interior do estado paulista ou fizeram parte do processo de metropolização da capital, São Paulo.
Dentre as correntes de imigrantes europeus que se dirigiram ao Brasil até 1929, os espanhóis formaram o terceiro maior contingente, superados apenas por italianos e portugueses. Considerando apenas o estado de São Paulo, os espanhóis formaram o segundo maior contingente de imigrantes até 1929, segundo a historiadora Marília Dalva Klaumann Cánovas [1]. Durante a década de 1930, com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, o afluxo de espanhóis ao Brasil aumentou, principalmente com a vinda dos derrotados pelas forças franquistas.
Os espanhóis que vieram como força de trabalho para mover e desenvolver a nascente economia capitalista brasileira não fizeram fortuna em sua maioria.