Descriminaliza o das drogas
Nos últimos tempos, a descriminalização das drogas tem sido um assunto constantemente abordado nos veículos de comunicação. É óbvio que um assunto desses gera polêmica e promove discussões acaloradas em diversos grupos em nossa sociedade, fazendo o debate virar guerra. Nossos jovens, em sua maioria, são a favor da descriminalização. Isso porque, entre outras coisas, é próprio da juventude levantar bandeiras revolucionárias e libertárias; por outro lado, pais e educadores se apavoram: têm medo de que isso facilite o ingresso dos jovens ao tão temido “mundo das drogas”. Como todo assunto que se alastra, há quem se aproveite dele para fazer terrorismo, alardear o medo e o terror, o que acaba fazendo com que a população, muitas vezes leiga e mal informada, clame por medidas repressivas e delegue seu poder de decisão a ditadores. Temos vários exemplos como esse na História, como o “fantasma do comunismo” alardeado pelos americanos.
PONTO DE VISTA
Existem dois questionamentos que se deve fazer ao falar em descriminalização: descriminalizar o que e descriminalizar para quê? Hoje, a descriminalização discutida gira em torno principalmente da maconha. E por que a maconha? Porque a maconha é considerada, não pelo leigo, mas pelos organismos internacionais de saúde, uma droga “leve”, porque os prejuízos para quem a consome são muito menores quando comparados a outras drogas. Sem contar que ela apresenta várias finalidades terapêuticas, como seu uso em casos de glaucoma, quadros dolorosos crônicos, pacientes em quimioterapia e em terapia contra o HIV, no intuito de diminuir os efeitos colaterais desses medicamentos, melhorando a adesão ao tratamento. Esses fatores têm motivado vários Estados americanos a aprovar seu uso terapêutico, permitindo inclusive que médicos prescrevam a maconha in natura, ao invés de seu análogo sintético, cujos efeitos terapêuticos são menos efi- cientes. Além disso, a maconha pode ser utilizada de