Dentinogenese Imperfeita
ISSN 1981-3708
Dentinogênese Imperfeita: relato de caso clínico
Dentinogenesis Imperfecta: case report
Karina Ofugi Rodrigues Silva1, Tatiana Degani Paes Leme Azevedo2
1- Cirurgiã-dentista; Graduada pela Universidade Católica de Brasília – UCB
2- Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília- UnB; Professora e coordenadora da área de Odontologia Pediátrica do curso de
Odontologia da Universidade Católica de Brasília – UCB
RESUMO
Objetivo: Relatar o caso de um paciente portador de dentinogênese Imperfeita do tipo II. Relato do caso: Paciente do gênero masculino, 7 anos de idade, com queixa principal de falta de estética nos dentes. Características físicas de normalidade e ausência de desordem óssea. Clinicamente, foi observado coroas dos dentes curtas e bulbosas, além da coloração e consistência alteradas. Além disso, foi detectado grande desgaste dentário, com consequente perda da dimensão vertical. Radiograficamente, raízes curtas e finas com obliteração das câmaras pulpares foram observadas. De posse de todas as características clínicas,
INTRODUÇÃO
A dentinogênese imperfeita ou dentina opalescente hereditária ou, ainda, odontogênese imperfeita é o tipo de anomalia que ocorre quando os odontoblastos, células responsáveis pela síntese ou produção da dentina1 falham em sua diferenciação, produzindo uma dentina com estrutura anormal, resultando em dentes de cor acastanhada ou cinza-azulada e também opacos2. No entanto, estes termos são considerados incorretos uma vez que, neste tipo de anomalia, somente a porção mesodérmica do órgão dental está comprometida3,4.
A doença ocorre por uma alteração hereditária, com traço autossômico dominante e, aparentemente, sem ligação com o cromossomo sexual. Seu mecanismo de transmissão ainda não está completamente esclarecido. Recentemente, foi hipotetizado que uma mutação no gene DSPP (sialoproteína da dentina) pode ser a responsável pela manifestação mais severa da síndrome5.
Na literatura, a