Independência do Haiti
A Colônia de São Domingos, antigo nome do Haiti, era posse da França e uma importante fonte de lucros. A exploração do Trabalho era sistemática e desumana. Os castigos corporais levaram milhares de negros à morte. Os relatos da época documentam que era mais comum que os escravos recebessem chicotados do que comida.
Ao longo do tempo esta situação gerou ódio e desejo de vingança nos escravos que, contaram ainda com os ideais de igualdade e liberdade pregados na Revolução Francesa. Em 1791, na França, a Assembléia Constituinte decretou a igualdade de direitos entre todas as pessoas na ilha de São Domingos. A medida garantia o direito de voto dos mulatos, mas ainda não era a abolição da escravatura.
Enquanto isso, os grandes latifundiários burgueses argumentavam que não deveria haver igualdade já que os negros e mulatos não deveriam ser considerados pessoas. Percebendo a oportunidade, alguns negros mais esclarecidos começaram a se organizar e promover pequenas revoltas que, com o passar do tempo, tomaram a forma de revolução. Um dos comandantes foi Toussaint L'Ouverture que, ao lado de Jean François, organizou um exército capaz de combater os europeus.
Com a revolta espalhada os embates se tornaram cada vez mais violentos e os brancos se negavam a aceitar um acordo de paz. Em meio às batalhas da guerra contra a Inglaterra, a França derrubou a Monarquia, proclamou a República e aboliu a escravidão em todos os seus territórios.
Toussaint foi nomeado chefe do exército e quando Napoleão Bonaparte foi eleito primeiro-cônsul, São Domingos proclamou uma Constituição, tornando-se província autônoma. Entretanto, Napoleão enxergava em São Domingos um ponto chave na expansão