Da Vida Feliz
I - Todos querem ser felizes mas não têm capacidade de ver perfeitamente o que torna a vida feliz. O caminho mais pamilhado e mais frequentado é o que mais costuma enganar. Ninguém cai sem levar junto o outro, de sorte que os primeiros causam a ruína ds seguintes. A´rovamos e censuramos as mesmas coisas, esse é o resultado de todo julgamento que é feito por muitos.
II - Nas coisas humanas não se procede com acerto tentando agradar à maioria, pois a multidão é a prova do que é pior. Busquemos o que é melhor e não o que é mais comum, aquilo que nos estabelece na posse de uma felicidade eterna e não o que é aprovado pela massa, o pior intérprete da verdade. É a alma que deve encontrar seu próprio bem. As coisas que provocam nossa admiraçãoe nos fazem parar diante delas brilham por fora, mas por dentro são mesquinhas.
III - Busquemos um bem que não seja aparente, mas sólido e constante, e seja tanto mais belo quando mais íntimo. A vida feliz é a que concorda com a sua natureza. Toda a aspereza provém da debilidade.
IV - O bem que concebemos pode também ser definido de outro modo, ou seja, com outras palavras. A definição de sumo bem pode, em certas ocasiões, ser desenvolvida e alongada e, em outras, abreviada e condensada. Pode-se também,definir o homem feliz ocmo aquele para o qual não há nenhum bem ou mal senão a alma boa ou má. O diaem que alguém for dominado pelo prazer, também o será pela dor.
V - Pode ser chamado feliz quem não ambiciona e nem teme, graças a a razão. Ninguém, lançado fora da verdade, merece o nome de feliz. Portanto, a vida feliz está fundada de modo inamovível num juízo certo e reto.
VI - Mas também a alma, dizem, terá seus prazeres. Ninguém pode ser feliz sem sanidade mental, e não é sensato aquele que busca como melhor o que o vai prejudicar. Pois quem é feliz possui um juízo reto. É feliz quem confia a razão todas as situações da sua vida.
VII - Dizem que o prazer não se pode dissociar da virtude, afirmando ser