Dialogo vida feliz Agostinho
— por quem somos guiados até à Verdade (o Pai);
— de qual Verdade gozamos (o Filho);
— e por qual vínculo estamos unidos à Suma Medida (o Espírito Santo).” ( AGOSTINHO. A vida feliz,IV,35)
É nessa citação feita ao final do diálogo da Vida feliz que encontramos a definição Agostiniana de felicidade.
Segundo Gilson o conhecimento da verdade é o que leva a vida feliz, porque a Verdade em si mesma é beatificadora. A felicidade para Agostinho não pode ser dissociada da verdade. Para ele ter uma vida feliz implica em conhecer a Verdade.
Agostinho já no inicio o dialogo descaracteriza a filosofia como sendo a felicidade e a caracteriza como o porto que nos leva até a felicidade, com a direção da razão e conduzidos pela vontade.
Que todos querem ser felizes é fato e isso já é constatado no primeiro dia do colóquio.
“Queremos todos ser felizes?
Apenas havia pronunciado tais palavras que a uma só voz e espontaneamente aprovaram.”(AGOSTINHO.A vida feliz,II,10)
O que Agostinho faz então no decorrer dessa citação é caracterizar a felicidade como a posse de algo
“E que vos parece: quem não tem o que quer é feliz?
— Não, responderam em uníssono.”( AGOSTINHO. A vida feliz,II,10)
Quem não tem o que quer é infeliz, mas a questão que segue é que nem sempre ter o que se quer é sinônimo de felicidade. “—Portanto, está entendido, entre nós, que ninguém pode ser feliz, sem possuir o que deseja e, por outro lado, não basta aos que já possuem ter o ambicionado para serem felizes.
Todos concordaram.”( AGOSTINHO. A vida feliz,II,10)
Qual seria então o objeto de desejo que nos traria a felicidade?
“—Nesse caso, argumentei aquele que possuísse bens em abundância, rodeado de benefícios sem conta, supondo que pusesse limite a seus desejos e que vivesse satisfeito com o que possuísse, no gozo honesto e agradável desses bens, a teu