Vida Feliz em Santo Agostinho
A felicidade é um tema que torna inquieto o coração do homem desde a antiguidade. Várias respostas sobre a felicidade foram dadas ao longo dos séculos. E uma dessas respostas podemos analisar através de Santo Agostinho, grande filósofo de seu tempo que apresenta em uma de suas primeiras reflexões a temática da felicidade.
“A Vida Feliz” é uma obra no qual o Bispo de Hipona sobre a fonte da verdadeira felicidade e a busca que o homem empreende por essa felicidade.
A referente obra agostiniana que será analisada é um registro de fatos reais, uma vez que tal colóquio realmente ocorrera em Cassicíaco (norte da Itália), numa chácara cedida por seu amigo Verecundo, homem da nobreza romana, entre os dias 13 a 15 de novembro do ano 386 d.C, em ocasião do 32° aniversário de Agostinho.
Neste local, o filósofo reuniu seu irmão Navígio, seu filho Adeodato, sua mãe Monica, seus amigos Alípio, Licencio e Trigésio e seus dois primos Lastidiano e Rústico, com o intuito de oferecer-lhes um banquete para o corpo, mas também para a alma, pois nesse contexto estavam todos livres para se dedicarem também à contemplação.
O diálogo com seus interlocutores, narrado na obra analisada tem três dias de duração. O primeiro dia é narrado no segundo capítulo, e nele se introduz a problemática da felicidade, partindo da ideia de posse do que se deseja. e as discursões se concluem com o discurso sobre os acadêmicos. O segundo dia é marcado pela adesão à ideia de que a posse segura é a posse de Deus, e só possui a Deus quem “faz a sua vontade, vive bem e está livre do espírito impuro”.
Concluindo o diálogo é exposto no último dia o conceito de que a felicidade é plenitude espiritual mediante a sabedoria; e encerra-se com um louvor a Trindade composto pelo bispo Ambrósio: “Protege, ó Trindade santa, aqueles que te imploram”; e os participantes agradecendo reciprocamente”.
PALAVRAS-CHAVE: Felicidade, Deus, Bem, Vida, Sábio, Sabedoria, Livre.
A VIDA FELIZ EM