A verdadeira felicidade segunda santo agostinho
JOSEMAR LOURENÇO DA SILVA
João Pessoa, 2010
João Pessoa, 2010
RESUMO
O presente artigo pretende contemplar a essência da felicidade humana em conformidade com o pensamento de Agostinho de Hipona. Este escritor eclesiástico e Padre da Igreja, que almejando a felicidade verdadeira defrontou-se com uma grande inquietude na alma, justamente por querer vivenciar está felicidade numa perspectiva interior numa moção de se descobrir e se conhecer no mundo, esquecendo ou pelo menos deixando de lado a dimensão interior de tal ato. Contudo, em seu itinerário investigativo do saber, conseguiu compreender que a vida feliz só pode ser alcançada quando se busca a Deus. Para ele, Deus é a felicidade porque é a verdade. E a alegria reside na verdade que é imortal e habita apenas na Alma; é voltando para si, que o homem atinge a verdadeira felicidade, e seu ser se completa. Em sua antropologia teológica a Alma, a Razão ou Espírito constitui a parte mais nobre do homem, capaz da comunhão com Deus e de contemplar os Bens eternos. Este Deus que é Criador é também Trindade. Santo Agostinho ao constatar uma trindade na Alma como Memória, Inteligência e Vontade, afirma o Homem como Imagem de Deus. Daí, o conhecimento de si mesmo tem esta Imagem como ponto de partida na busca da Felicidade plena. A Esperança, Fé, Virtude, Boa Vontade com a confirmação da Graça (Iluminatio), auxiliam o Homem rumo à posse da Sabedoria e da Verdade provenientes de Deus. A verdadeira e plena vida feliz nada mais é que viver “em”, “com” e “por” Deus. Mas, para compreendermos, de fato, a felicidade, é necessário de antemão