A relação estado-igreja em santo agostinho
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Trabalho de Pesquisa _UNIFRA Acadêmico do Curso de Filosofia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil 3 Professor Orientador do Curso de Filosofia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil E-mail: gregsiqueira@yahoo.com.br; marcosalves@unifra.br.
RESUMO
A presente investigação, a partir da obra A Cidade de Deus de Santo Agostinho, analisa a relação entre Estado e Igreja, em vista da definição do papel que a cada indivíduo compete em ambito social, bem como a necessidade da existência destas Instituições para a paz e felicidade temporal, que servem como bens médios, a fim de se obter a paz plena que somente se alcançada pela graça divina na vida eterna. O objetivo da obra do Bispo de Hipona, é instruir e defender os cristãos do paganismo e atrair os pagãos para o cristianismo. Portanto, nesta reflexão, apresentamos o Estado e a Igreja, como bens médios que garantem a paz temporal, a partir da tentativa de desprezar a Cidade dos homens, marcada pelo pecado, e peregrinar pela caridade e esperança rumo à Cidade eterna, onde reinará a paz e a felicidade em plenitude. Palavras-chave: Cidade de Deus; Cidade dos homens; Estado; Igreja. 1. INTRODUÇÃO
Santo Agostinho compreende por Cidade de Deus, a cidade perfeita, imortal e eterna, e trata a Cidade dos homens como a cidade terrena, marcada pelo pecado original, concupiscível e perecível. A fundação das duas cidades está ligada aos dois amores, um ligado ao amor a si próprio e ao desprezo a Deus, e outro ao amor a Deus e desprezo a si próprio. O mal é característica do pecado, que é a ausência de bem. O pecado está ligado ao livre-arbítrio do humano que o faz para satisfazer sua vontade. Por isto, o Estado e a Igreja devem conduzir o homem a uma vida moral, livre do vício e das paixões, e que proporcione a paz, como bem médio e temporal.
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