Danilo Nobre Dos Santos 3 25 34
Danilo Nobre dos Santos1
Resumo:
A felicidade inquieta o homem desde os seus primórdios. Isto porque é ela que a vontade visa.
Várias respostas sobre a felicidade foram dadas ao longo dos séculos. Uma dessas respostas nos propomos analisar. Inspirado na obra A Vida Feliz, nosso intento é ressaltar o que consiste a felicidade para Santo Agostinho. A primeira questão colocada em discussão no diálogo do autor com seus amigos é justamente sobre o que é a felicidade. Como pode o homem ser feliz? O que se deve fazer para alcançar felicidade? De que desfruta aquele que a alcança e a possui?
Segundo Agostinho, a ciência é o alimento da alma e quem não a possui está como que em jejum e com fome. O homem necessita então do conhecimento das coisas para ser feliz. Precisa alimentar-se do conhecimento para alcançar a felicidade, visto que para o autor, descobrir a verdade é descobrir a felicidade. Mas aquele que descobre a verdade, busca a própria sabedoria.
O que encontra o verdadeiro, o ama. Ora, a verdade última só pode ser aquele que se apresenta como a própria Verdade: Jesus Cristo. Assim, a felicidade que não se dá sem o conhecimento, e posto que o verdadeiro conhecimento é aquele que nos conduz a Verdade Suprema e, uma vez que, só atingimos tal verdade pelo amor, a felicidade é inseparável da Sabedoria e da Caridade.
Palavras-chave: Beatitude. Felicidade. Sabedoria. Caridade.
O CONCEITO DE BEATITUDE EM SANTO AGOSTINHO
A felicidade é um tema que sempre esteve presente nos questionamentos humanos. Por possuir vontade, o homem anseia a felicidade. Em sua obra A Trindade,
Agostinho afirma que “é próprio de todos os homens quererem ser felizes...”
(AGOSTINHO, 1995, p. 433). E a Filosofia, porque pesquisa as dimensões humanas, tem também como finalidade estudar a busca humana da felicidade.
A Sabedoria apresenta-se em Santo Agostinho, como aquela indissociável da
Felicidade e do Amor. Nosso objetivo aqui é o de procurar entender