Crítica a pele que habito
Crítica: A Pele Que Habito
O grande cineasta reconhecido e premiado, Pedro Almodóvar, reaparece com um novo longa, A Pele Que Habito. O filme, adaptado do livro Tarântula do francês Thierry Jonquet, nos dar calafrios de tão extraordinário.
É em uma mistura de terror, ficção cientifica, drama e quase todos os gêneros possíveis, que Antônio Bandeira faz o papel de um cirurgião plástico chamado Robert Ledgard. Com uma pequena dupla personalidade, perturbado pelas tragédias que houve com sua família, se vê obcecado em construir uma pele perfeita, feita com uma mistura de DNA humano e suíno, uma pele tão forte que seria resistente a tudo e livre de dores. A ideia dessa pele surgiu quando sua mulher sofreu um acidente de carro e ficou com uma aparência horrível por causa do fogo, se matando quando viu seu reflexo na janela. Vemos a dupla personalidade de Ledgard quando sua filha, frequentando um psiquiatra e acreditando que seu pai a estuprou em uma festa de casamento, também comete suicídio, fazendo o cirurgião buscar vingança.
Almodóvar mistura sentimentos contrários e de vários gêneros, onde paixão, vingança, tragédia, comédia e drama se encontram em uma mesma cena. O filme, carregado de uma não linearidade, nos faz perguntar o que está acontecendo? Quem é aquela mulher que sempre está presa em um quarto, observada por câmeras e que Ledgard está sempre fazendo novas experiências? Com esse cenário assustador, mas não na linha do fantástico, encontramos as respostas quando Almodóvar resolve ir e vir no tempo, nos contando o porquê daquilo tudo está acontecendo, nos deixando boquiabertos a cada cena que tira nossas dúvidas, trazendo para o real o que seria fantasia, e principalmente quando descobrimos que a mulher misteriosa não é apenas uma cobaia.
Almodóvar, que está sempre explorando a sexualidade em seus filmes, cria cenas absurdas, como quando um grupo de jovens no jardim de um casamento está numa espécie de orgia. Mas a