Crise internacional
O cenário político internacional em 2012 foi dominado pela crise econômica internacional, que se acentuou nos países da zona do euro (17 nações que adotam a moeda única), pelo agravamento dos conflitos na Síria, que duram 21 meses, e pela Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
Também tiveram destaque as disputas eleitorais intensas em nações como os Estados Unidos e a França, além de uma série de ocorrências na América Latina, como a integração da Venezuela ao MERCOSUL e a suspensão do Paraguai do bloco.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, em entrevistas concedidas nos últimos dias, destacou ainda o reconhecimento da Palestina como Estado observador da Organização das Nações Unidas (ONU) e a frustração das negociações em busca de um acordo entre palestinos e israelenses.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, alertou que representantes do governo, do setor empresarial e da sociedade civil que 2012 foi o pior ano da crise econômica internacional. O ministro criticou os países desenvolvidos, que segundo ele, "continuaram levando com a barriga seus problemas". "Essa situação já afetou os emergentes, mesmo os mais dinâmicos, como Índia e China (...). Em termos de gravidade, o que aconteceu em 2012 é pior do que o que estava acontecendo em 2009”. A crise em 2008 e 2009 era considerada a "fase aguda".
A presidente Dilma Rousseff, nas discussões no exterior, destacou a necessidade de se buscar mercados alternativos na tentativa de amenizar os efeitos da crise. Segundo ela, é fundamental associar ações de austeridade a medidas de crescimento econômico e inclusão social. A busca pela manutenção de financiamentos externos e apoio levou vários países, como a Grécia e a Espanha, a programar medidas de austeridade criticadas pela sociedade civil.
Mesmo admitindo um impacto mais forte sobre as economias emergentes, o ministro disse que a economia brasileira está em situação um pouco mais