Crise financeira internacional
Temos acompanhado - através dos jornais, revistas, televisão e diversos outros meios de comunicação – esta que está sendo considerada a maior crise econômica desde a grande depressão dos anos 30.
Devido ao excesso de liquidez (grande quantidade de recursos disponíveis para investimentos) e juros baixos, bancos e financeiras não tendo onde aplicar estes mesmos recursos com segurança e retornos satisfatórios, se viram “obrigados” a assumirem grandes riscos - em nome das altas bonificações e pressão por resultados para o acionista – utilizando-se dos mesmos sob a forma de crédito para clientes que são considerados "propensos à inadimplência" por não terem renda comprovada ou por comprometerem grande parte dela com as prestações, o tão falado “subprime”. Por isso, esses clientes pagam juros mais altos, que podem chegar a 12% - o que é normal para o Brasil, mas quase inconcebível para os Estados Unidos.
O abalo nas bolsas de valores de todo o mundo, a chegada da crise à economia real (indústria, comércio e serviços) tem origem no mercado imobiliário dos EUA: os americanos enquadrados na categoria “subprime” estão atrasando ou deixando de pagar a hipoteca da casa própria., grande parte do total de empréstimos feitos nos EUA são hipotecas longas – daí chegamos a situação atual, a alta inadimplência no setor "subprime" atingiu outros setores provocando demissões em massa, prejuízos astronômicos e adiamento de novos projetos.
Nas últimas décadas, a classe média norte-americana hipotecou em massa seus imóveis. Como funciona: empresas especializadas dão empréstimos e tomam as casas como garantia. Houve não só um movimento de hipoteca, mas também de refinanciamento dos imóveis. Como os juros estavam baixos nos EUA, muita gente trocou de financiamento, recebendo dinheiro na troca.
O problema, segundo especialistas, é que esse "troco" não foi investido de volta nas residências, mas usado para comprar bens não-duráveis no mercado de consumo