Crise do Jornalismo Impresso
O artigo “Crise do jornalismo impresso e perspectivas para o futuro: um estudo dos dois maiores jornais diários impressos do Brasil”, escrito por Sabine Righetti, jornalista e doutoranda em Política Científica e Tecnologia pela Unicamp e Ruy Quadros de Carvalho, graduado em administração de empresas e Doutor em Economia do Desenvolvimento pela University of Sussex, foi apresentado à Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares de Comunicação) no XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, ocorrido em Natal em Setembro de 2008.
O trabalho de mestrado apresentado pelos autores “objetivou estudar o processo de incorporação da internet pela mídia impressa e sua possível influência na crise do jornalismo impresso.” O artigo teve como principal base o estudo de caso dos dois jornais brasileiros com maior circulação nacional, a Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, bem como das estratégias que possibilitaram sua entrada no jornalismo eletrônico. Os pesquisadores utilizaram de entrevistas, pesquisas já realizadas e matérias jornalísticas de diversas fontes para angariar as informações de que necessitavam, buscando um enfoque na “análise dos recursos disponíveis pelas empresas de comunicação de jornalismo impresso na exploração do segmento eletrônico”.
Os pesquisadores primeiramente afirmam que a crise atual do jornalismo impresso pode ser explicada por três motivos principais: queda do número de leitores, queda proporcional do dispêndio publicitário e o crescimento da internet como um meio de comunicação concorrente, demonstrando através de dados e tabelas a comprovação da ocorrência desses fatores.
Em seguida, os autores discorrem sobre as diferentes estratégias já adotadas pelos grupos donos de periódicos para alavancar a penetração dos jornais e o número de anunciantes, como a elaboração de fascículos e enciclopédias para acompanharem o jornal, que acabaram se mostrando ineficientes a longo prazo.