Resenha - A arte de fazer um jornal diário
Por: Lucas Nóbrega Muito antes que o jornal impresso existisse, já havia um grande interesse pela noticia. Na Roma antiga, o imperador César criou as “Acta Diurna” (documentos oficiais de Roma, que se tornavam públicos) uma maneira oficial de noticiar os fatos. A partir do Renascimento, criou-se um intercâmbio econômico sedento por informação. Gutenberg criou a imprensa por volta de 1440, o que permitiu a produção e a reprodução de impressos. Já no século XVII, surgiram jornais semanais com grande força em países da Europa como Alemanha e França. A Revolução Industrial no século XIX possibilitou a invenção da imprensa a vapor, introduzindo uma impressão de periódicos em larga escala e em menor tempo. Logo, a publicidade foi entrando no jornal, ajudando a fortalecê-lo como veículo profissional e comercial. O impresso, por longos anos foi a principal fonte de noticias do mundo moderno. Porém, com o surgimento e crescimento de outros veículos de informação e entretenimento no século XX (principalmente a internet), os jornais vêm perdendo cada vez mais espaço, passando por uma grave crise no século XXI.
“Os jornais, contudo, morrerão, sinto dizer-lhes isso”, afirma Ricardo Noblat, em “A arte de fazer um jornal diário”. O jornalista, com 35 anos de carreira (quando lançou a obra), nasceu em Pernambuco, e se formou na Universidade Católica do estado. Trabalhou em diversos jornais de circulação diária, como o Jornal do Brasil e o Correio Braziliense, chegando a editor-chefe. O autor também trabalhou em revistas influentes como Veja e Istoé. Experiente e com muitas histórias para contar, inicia o livro com os alarmantes números que justificam a crise dos jornais impressos, que segundo ele, irão acabar, se continuarem como existem hoje. O autor, então, propõe uma reformulação para os jornais atuais, que visam, entre outros