Resenha "A arte de fazer um jornal diário"
O autor, Ricardo Noblat, escreve o livro a partir de seus mais de trinta anos de experiência como jornalista. Ele se preocupa em narrar detalhadamente alguns momentos de sua vida enquanto ainda trabalhava no influente “Correio Brasiliense”, e assim monta um manual sobre variados temas, que conectados se tornam importantes recomendações.
O primeiro capítulo se inicia com uma conversa entre um cidadão comum e um jornalista em uma banca de revistas. O cidadão dirige ao jornalista perguntas a respeito da forma como são escolhidas as notícias, da aparência dos jornais, de quem escolhe que será publicado e dos tipos de notícias que atraem o interesse do público; todas as questões que qualquer pessoa leiga no assunto sente vontade de perguntar.
Assim, no fim, chegamos ao ponto de reflexão do capitulo: o futuro dos jornais diante do contínuo desinteresse dos jovens. Noblat, apoiado em números e estatísticas, passa a falar então sobre a crise em que atualmente vive a mídia impressa, e descreve uma série de aspectos e argumentos que devem ser levados em consideração. Dentre eles estão a má administração dos jornais, o serviço de pouca qualidade dos jornalista, o fato que outros meios de comunicação parecem bem mais atrativos, o não atendimento dos reais interesses e necessidades do público. Em suma, o modelo ultrapassado de fazer jornalismo impresso no qual os donos de jornais e jornalistas insistem em continuar realizando.
Nesse ponto, o autor expõe sua opinião e escreve: “É o conteúdo que vende jornal. Somente uma mudança radical de conteúdo, aqui e em qualquer outro lugar, será capaz de prolongar a lenta agonia dos jornais.” Nesse momento, Noblat