dormente
Até o início da década de 1940 as ferrovias utilizavam quase que com exclusivamente apenas os dormentes de madeira, com a escassez da madeira de boa qualidade em muitos países, principalmente após a 2ª guerra mundial, levou a uma grande intensificação no emprego dos dormentes de concreto, que começaram a ser fabricados no final do século XIX. Na Europa, Japão e em alguns países da África a utilização dos dormentes de concreto já correspondem a aproximadamente 40% da demanda, já nos EUA, Canadá, Austrália, América do Sul e demais países o uso do dormente de concreto abrange apenas 10%.
Atualmente, com mais 400 milhões de unidades em serviço comercial e mais de 60 anos de experiência e desenvolvimento tecnológico, os dormentes de concreto já se tornaram um produto consagrado em âmbito mundial, sendo que seu uso vem se tornando cada vez mais frequente principalmente devido a sua incontestável superioridade técnica frente aos demais tipos de dormentes.
Ao longo dos últimos 50 ou 60 anos houve um grande desenvolvimento em âmbito mundial na tecnologia de projeto e fabricação de dormentes de concreto. Nesse período, diversos tipos de dormentes de concreto foram testados, mas apenas dois deles se mostraram realmente adequados dos pontos de vista técnico e econômico, representando atualmente a quase totalidade dos dormentes de concreto utilizados em todo o mundo.
1.1 - Dormentes Bi-Bloco de Concreto Armado
Os dormentes de concreto bi-bloco consistem basicamente de dois blocos de concreto armado interligados por um perfil metálico. Este design resulta da otimização da forma monolítica tradicionalmente utilizada pelos dormentes ferroviários, visando a obtenção de um apoio mais bem definido e homogêneo sobre o lastro, maior resistência lateral e melhor estabilidade, bem como a redução do peso total do dormente de concreto. Como as cargas de roda aplicadas aos trilhos são distribuídas pelos dormentes apenas sobre a porção de lastro situada na