CAP2 2 1

7353 palavras 30 páginas
Cap. 2 - Dormentes de Concreto

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2.2 BREVE HISTÓRICO

Desde o princípio, as ferrovias vêm adaptando a madeira como o elemento destinado a suportar os trilhos e manter a bitola da via. Os dormentes de madeira apresentam como qualidade uma grande flexibilidade, o que resulta numa grande capacidade de suportar as vibrações oriundas das ações dinâmicas atuantes na via permanente. Com o desenvolvimento e a conseqüente concorrência de outros meios de transporte, a escassez e o preço elevado das madeiras nobres, menor durabilidade e maior necessidade de manutenção e principalmente com o surgimento do concreto protendido, a partir da 2ª Guerra Mundial os países da Europa, com destaque para
Inglaterra, França e Alemanha, começaram a substituir os dormentes de madeira pelos dormentes de concreto (biblocos e monoblocos).
O primeiro projeto de dormente de concreto data de 1884 e pertence ao francês
Mounier. A Áustria e a Itália foram os primeiros países a produzir dormentes de concreto.
A ferrovia federal suíça, em 1904, e a sueca, em 1910, experimentaram a aplicação do concreto armado nos dormentes. A ferrovia estatal francesa iniciou os seus experimentos e testes de dormentes monoblocos e biblocos de concreto armado, em 1913, e as ferrovias nacionais alemãs em 1922. De modo geral, os testes realizados com dormentes de concreto armado conduziram a resultados insatisfatórios, com exceção do dormente monobloco projetado pela Eternit na Itália, que utilizava cimento com fibras de asbesto
(fibro-cimento).
O desenvolvimento histórico do dormente de concreto pode ser dividido em duas etapas: a primeira que vai até 1940, e a segunda, de 1940 até o presente. Na primeira, os três tipos de dormente (monobloco, bibloco e articulado) eram confeccionados com concreto armado comum; de modo geral, não obtiveram êxito. Na segunda, com o advento do concreto protendido e o surgimento das fixações elásticas, os dormentes monoblocos pré e pós-tensionados obtiveram grande sucesso e

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