crimes passionais
Monstro, cruel, desequilibrado, aberração, calculista, psicopata, doente entre outros adjetivos que são atribuídos aos criminosos passionais, chama-los assim nos causa uma sensação de um momentâneo alívio, pois esse tratamento para com eles afirma ao ser humano apenas que se estar muito distante daquela personalidade, “é uma defesa natural para negar o potencial de violência que existe em todos nós” 1. Nenhum ser humano esta imune ao impulso de violência, ele está intimamente ligado aos instintos de sobrevivência como abordado anteriormente, esses instintos que a partir do racionalismo social transformaram-se em impulsos, momento em que cessa a razão, e dá-se lugar ao irracional onde o que fala mais alto são as emoções, “a violência é como uma espécie de arquivo de computador não-executável, dependendo do estímulo, ele entra em ação e os resultados podem ser inesperados.”2.
Os crimes passionais são mais comuns em sociedades que possuem o modelo de família patriarcal onde a instituição família gira em torno do pai, aproveitando desta forma o criminoso passional recusa-se a reconhecer o dispositivo do art. 5º e seus incisos da CF/88 que elenca “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...”2, e sente-se dono da companheira(o) e trata-o apenas como objeto de seu desejo, ou melhor dizendo seus ideais se sobrepõem as garantias constitucionais.
Para chegar ao homicídio passional na maior parte dos casos ocorreram fatos anteriores que já sinalizavam o comportamento estranho do passional, dentre eles a prática mais comum que são as agressões em seus diversos tipos, várias pesquisas foram realizadas e todas chegaram a conclusão que não se tem um perfil comum a todos os passionais, mas a formação do indivíduo determina se ele será ou não um criminoso passional.
As crianças que crescem em um lar onde as agressões são a regra, tendo que conviver constantemente com o cenário de batalha dentro de casa presenciando a violência