crianca problema
Este projeto pretende iniciar uma pesquisa com o intuito de investigar os sentidos da produção discursiva por meio da qual a educação infantil (re)produz o lugar institucional da “criança-problema”.
Sera um projeto de classificacao livre e indicada as criancas de 6 a 10 anos de idade.
As práticas concretas da educação infantil sinalizam um caráter normativo da ação pedagógica desenvolvida, indicando que a subjetividade que nelas se produz é crivada pela norma desenvolvimentista. Como conseqüência, a criança que se distancia da norma, seja por excesso, seja por falta, é interpretada como desigual e anômala.
A imagem fragmentada que a educação infantil construiu sobre o seu papel contribuiu para a fragilidade da identidade institucional da educação da primeira infância realizada na esfera pública e permitiu que os seus objetivos se tornassem permeáveis aos objetivos de outras instituições, como os da família e do ensino fundamental, que têm influenciado na definição de seu papel educativo. Tal realidade tem dificultado à educação infantil pensar a especificidade de sua ação educativa a partir da própria criança – ser concreto, histórico e capaz.
Análises demonstram como certas crianças criam estratégias sutis de resistência à normatização, desenhando singularidade na forma como nela se inserem e mostrando que esperam ser vistas com um olhar que as reconheça como alteridade e diferença.
As instituições de atendimento à primeira infância, buscam hoje superar a divisão entre momentos educacionais e de cuidado, em nome da globalidade da experiência da criança; buscam firmar-se como espaço público diferente da família, complementar a ela mas não igual, assim como buscam também se firmar como um espaço educacional articulado ao ensino fundamental, porém diferenciado deste e adequado às necessidades específicas da criança pequena.
Toda prática institucional se caracteriza, portanto, por um conjunto de relações especificas marcadas por um plano