Cotas raciais
Cotas raciais
Também chamado de ação afirmativa, o sistema de cotas é uma forma de reservar vagas para determinados grupos como negros, índios, deficientes, estudantes de escola pública e de baixa renda financeira em universidades.
As cotas raciais asseguram uma determinada porcentagem de vagas para negros ingressarem no ensino superior.
No começo do século, eram poucas as universidades públicas que reservavam vagas para candidatos negros, sendo a Universidade de Brasília (UnB), uma das primeiras a adotar o sistema. Como as instituições públicas têm autonomia para definir seu próprio funcionamento do sistema de cotas, e com a letargia do governo federal em definir uma lei própria, as universidades foram criando seus sistemas, havendo diversos modelos espalhados pelo país. Apenas em agosto de 2012, o governo federal aprovou a lei n° 12.711, que ficou conhecida como Lei de Cotas.
Segundo Angela Randolpho Paiva, professora do departamento de sociologia e política da PUC-Rio e organizadora do livro “Entre dados e fatos: ação afirmativa nas universidades públicas brasileiras”, a implantação de tais políticas nas universidades públicas é hoje uma realidade. No Brasil, 70% das universidades já adotaram algum tipo de ação afirmativa. A intenção do livro, de acordo com a professora, é mostrar que a discussão vai além de ser contra ou a favor, pois o sistema traz benefícios à educação no país.
O Brasil abriga a segunda maior nação negra do mundo, atrás apenas da Nigéria, já na UnB os negros correspondem a apenas 2% dos alunos. Uma pesquisa realizada com os alunos que possuem renda familiar acima de R$ 2,5 mil revelam que 46,6% são brancos e 20,4% são negros.
Apesar de a lei ser implantada como uma medida social, que busca uma maior integração dos negros nas universidades, há quem se posicione contra, alegando que a lei fere a igualdade social. Outra questão levantada é que um negro rico que sempre estudou em escola particular, pode disputar vaga com