corrosão de caráter cap 4
Se baseia e baseia na análise e comparação do funcionamento de uma padaria em dois momentos diferentes separados por um intervalo de tempo de 25 anos. De início o autor destaca alguns pontos importantes no que diz respeito ao modelo mais tradicional de serviço em uma padaria, pontua: “Fabricar pães é como um exercício de balé”, aspecto semelhante à fábrica de Diderot, onde a repetição leva a perfeição e o trabalho bem feito é algo do qual se pode orgulhar. O autor menciona inclusive como sendo essa uma das premissas dos funcionários Gregos da padaria- “Ser um bom trabalhador é ser um bom grego”, o caráter dos trabalhadores expressava-se no trabalho no agir com honra, trabalhando cooperativa e honestamente com outros padeiros, poque pertencia à mesma comunidade. Mas ao segundo momento da padaria, 25 anos mais tarde, onde a tecnologia e a dinamicidade tomaram conta do ambiente: “Funciona segundo os princípios de uma organização flexível de Piore e Sabel, usando máquinas sofisticadas, reconfiguráveis. Um dia os padeiros podem fazer mil pães franceses, no dia seguinte mil croissants [...]”. Os empegados se sentem pessoalmente degradados pela maneira como trabalham, operacionalmente, tudo é muito claro, emocionalmente, muito ilégivel. A panificação computadorizada mudou profundamente as atividades fisicas de balé da padaria, agora os padeiros nem se quer tem contato fisico com os materias ou as bisnagas de pães eles monitoram todo o processo por icones em telas, que mostram a cor do pão, o tempo de cozimento… o pão acabou se tornando uma representação em uma tela, o trabalho não é mais legivel para eles, no sentido de entender o que estão fazendo, para eles lidar com as fornadas computadorizadas que dão errado, é mais fácil jogar fora os pães estragado, e reprogramar o computador e recomeçar tudo de novo, e antes era muito difícil ver pães jogados no lixo, e agora se enchem todos os dias lixos com um monte de pães queimados. Mas Richard Sennet vai dizer que o