Zoomorfização no livro vidas secas
O Brasil e o mundo viveram profundas crises nas décadas de 1930 e 1940. Nesse momento o romance brasileiro se destaca, pois se coloca a serviço da análise crítica da realidade.
O Estado Novo é o nome que se deu ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil de 1937 a 1945. Este período ficou marcado por um governo ditatorial. O Estado Novo contava com o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão responsável pelo controle dos meios de comunicação e pela propaganda favorável ao presidente e ao governo, e com a Polícia Secreta, encarregada da repressão violenta, exigindo dos escritores uma nova postura diante da realidade, uma nova posição ideológica.
“centralizar, coordenar, orientar e superintender a propaganda nacional, interna ou externa (...) fazer a censura do Teatro, do Cinema, de funções recreativas e esportivas (...) da radiodifusão, da literatura (...) e da imprensa (...) promover, organizar, patrocinar ou auxiliar manifestações cívicas ou exposições demonstrativas das atividades do Governo. “
Revista Nosso Século - 1930-1945, Capítulo VIII – “O Estado Novo”, da Editora Abril, pág. 193.
Graciliano Ramos em Vidas Secas, romance publicado em 1938, focou o regionalismo, principalmente o nordestino, onde problemas como a seca, a migração, os problemas do trabalhador rural, a miséria, e a ignorância foram ressaltados. Está inserida em um contexto em que nomes consagrados da Literatura Brasileira fazem de suas obras um instrumento de denúncia.
Com esse romance, ele chamou a atenção de um governo que queria ignorar a pobreza no Brasil. O nordeste era a principal parte esquecida pelos governos públicos e, devido à seca, os moradores viviam em condições subumanas. Os sertanejos eram obrigados a deixar suas casas e sair à procura de abrigo em outros lugares, porque, o descaso com eles era enorme.
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Tendo como personagens uma