Coopetição

Mestrado em Ciências Empresariais 2014/2015
Unidade Curricular: Gestão Internacional
Docente: Professor Pedro P. Nevado
Discente: Manuel Horta

Coopetição: análise teórica e caso de sucesso

Introdução
O processo de globalização tem transformado o paradigma da competição e feito com que as organizações evoluam dentro de um ambiente complexo e dinâmico marcado pelas incertezas e mudanças constantes, exigindo delas maior velocidade para criar vantagens competitivas e alteração do modelo mecanicista e de inovação linear, endógena e isolada, para um modelo estratégico orgânico e relacional (GOLLO, 2005).
O sucesso empresarial dentro deste ambiente complexo requer que as empresas adotem estratégias competitivas e cooperativas simultaneamente (LADO et al., 1997), o que abre espaço para o surgimento do conceito de coopetição.
Este é um tema que já não pode ser ignorado por ninguém, visto ser essencial para que as empresas possam acompanhar a evolução, a constante mudança e as novas exigências do mercado.
Como tal, para uma melhor abordagem do tema proposto, irei começar por explicar a origem da coopetição, em que consiste, quais as suas vantagens e riscos assim como os pressupostos associados.
Para complementar a abordagem teórica, irei dar um exemplo de um caso de sucesso entre duas das maiores empresas de tecnologia no Mundo, a Samsung e a Sony. Estas, apesar de serem competidoras no mercado em que se inserem, adoptaram uma estratégia de coopetição que provou vir a ser benéfica para ambas.

Abordagem Teórica
Para uma melhor interpretação do que realmente é a coopetição, é importante voltar atrás no tempo e perceber de onde e como é que este conceito surgiu.
“Antes da coopetição ter surgido como uma importante estratégia de negócio, a competição e a cooperação eram tradicionalmente tratadas separadamente para descrever a relação entre certas empresas” (M’Chirgui, 2005).
Por um lado, “a perspectiva de cooperação baseia-se em interesses convergentes” (Padula &
Dagnino,